LASERTERAPIA DE BAIXA INTENSIDADE NO TRATAMENTO DE FERIDAS PÓS-OPERATÓRIAS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA

Saúde do Adulto

Autores

  • Priscila Taís de Souza Martins Sergio Hospital dasClínicas Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Instituto de Ortopedia e Traumatologia, São Paulo, Brasil
  • Luana Cardoso do Oliveira Souza Hospital dasClínicas Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Instituto de Ortopedia e Traumatologia, São Paulo, Brasil
  • Melina de Oliveira Lima Zavarez Hospital dasClínicas Faculdade de Medicina da Universidade de São Paulo, Instituto de Ortopedia e Traumatologia, São Paulo, Brasil

Palavras-chave:

Laserterapia de Baixa Intensidade, Feridas Pós-Operatórias, Cicatrização de Feridas

Resumo

INTRODUÇÃO

A cicatrização de feridas é um processo complexo e dinâmico, que compreende as fases de inflamação, formação de tecido de granulação e remodelação do tecido, que resulta na restauração da integridade do tecido, corrigindo o dano.² Ferida cirúrgica é resultante de um corte no tecido por um instrumento cirúrgico abre uma área do corpo ou órgão, realizando-se, após a aproximação das bordas de pele saudável por meio de sutura. As complicações no processo de cicatrização, as mais frequentes, são seroma,  hematoma, deiscência e a infecção.¹ Dentre os recursos terapêuticos para o tratamento de feridas existe o laser de baixa intensidade que promove efeitos bioquímicos, bioelétricos e bioenergéticos e tem sido empregado com a finalidade de acelerar o processo de cicatrização.⁴ A terapia a laser de baixa intensidade é uma luz não ionizante, colimável, polarizada, monocromática e coerente, que pode modificar o comportamento da célula para facilitar a reparação do tecido.³

OBJETIVO

Realizar uma revisão integrativa analisando estudos sobre a aplicação da laserterapia no tratamento de feridas pós-operatórias, identificando os benefícios, eficácia, lacunas de conhecimento e fornecer um resumo das evidências disponíveis.

MÉTODO

A pesquisa abrangeu as bases de dados PubMed, SCIELO e LILACS. Foram incluídos estudos publicados entre 2010 e 2023 em que abordavam o uso da laserterapia no tratamento de feridas e feridas pós-operatórias e apresentavam resultados relacionados à eficácia, segurança e benefícios da técnica.

RESULTADOS

Foram identificados 15 estudos que atenderam aos critérios de inclusão. A análise dos resultados indicou que a laserterapia é eficaz na aceleração da cicatrização de feridas pós-operatórias melhorando a qualidade e aspecto das cicatrizes, redução da dor e no controle da inflamação. Diferentes comprimentos de onda e parâmetros de tratamento foram utilizados, com variações nos protocolos. Além disso, o laser de baixa intensidade mostrou-se uma terapia segura e bem tolerada pelos pacientes. No entanto, é importante ressaltar que os resultados variam de acordo com o tipo de ferida, parâmetros de tratamento e características individuais de cada paciente. Com tudo ainda não existem um consenso em relação à dose, frequência e momento de aplicação da laserterapia em diferentes tipos de cirurgia e pacientes.

CONCLUSÃO

Com base nos estudos analisados, pode-se concluir que a laserterapia é uma opção terapêutica promissora no tratamento de feridas pós-operatórias, com evidências de aceleração da cicatrização e melhoria dos resultados clínicos. No entanto, são necessárias mais pesquisas para estabelecer diretrizes claras quanto às melhores aplicações práticas, protocolos específicos para diferentes cenários clínicos, os melhores parâmetros de tratamento para determinar as indicações precisas no seu uso e consolidar esses achados

A laserterapia pode ser considerada como uma terapia adjuvante no tratamento de feridas pós-operatórias, mas deve ser utilizada em conjunto com outras medidas de cuidado adequadas.

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Publicado

2024-06-18

Como Citar

Sergio, P. T. de S. M., Souza, L. C. do O., & Zavarez, M. de O. L. (2024). LASERTERAPIA DE BAIXA INTENSIDADE NO TRATAMENTO DE FERIDAS PÓS-OPERATÓRIAS: UMA REVISÃO INTEGRATIVA: Saúde do Adulto. Anais De Eventos Científicos CEJAM, 11. Recuperado de https://evento.cejam.org.br/index.php/AECC/article/view/556