ENFERMAGEM E INCLUSÃO: A RELEVÂNCIA DA LIBRAS NO ATENDIMENTO A PACIENTES COM DEFICIÊNCIA AUDITIVA

Sustentabilidade e Ética em Saúde

Resumo

A atenção primária é o ponto de contato inicial com o sistema de saúde, e é essencial que os profissionais de enfermagem estejam preparados para atender as necessidades de todos os pacientes, incluindo aqueles com deficiência auditiva. No Brasil, aproximadamente 5% da população apresenta algum grau de perda auditiva, sendo que muitos utilizam a Língua Brasileira de Sinais (Libras) para se comunicar. Apesar das garantias legais, como a Constituição Federal e a Lei Brasileira de Inclusão da Pessoa com Deficiência (LBI), esses indivíduos ainda enfrentam barreiras na comunicação e dificuldades no acesso a serviços de saúde adequados. A capacitação dos profissionais de saúde em Libras é fundamental para proporcionar um atendimento acessível e de qualidade, promovendo a inclusão e equidade no sistema de saúde. Ferramentas como a "Cartilha de Libras em Medicina e Saúde" e o aplicativo "CIL - Central de Intermediação de Libras" são importantes para melhorar essa comunicação.

Este estudo  de revisão de literatura, destaca que a deficiência auditiva pode comprometer a comunicação entre pacientes e profissionais de saúde, dificultando a obtenção de informações essenciais para o diagnóstico e tratamento. Profissionais de enfermagem capacitados em Libras conseguem realizar anamneses mais completas e detalhadas, o que facilita a identificação precoce de problemas de saúde e a elaboração de planos de cuidado mais eficazes. A inclusão de Libras no currículo de formação em enfermagem é crucial para preparar futuros profissionais para atender pacientes com deficiência auditiva, garantindo um atendimento mais humanizado e acessível. Instituições de saúde que oferecem treinamentos contínuos em Libras observam melhorias na satisfação dos pacientes e na eficiência do atendimento. Portanto, a implementação de programas de formação em Libras na atenção primária é um passo fundamental para assegurar um cuidado de saúde inclusivo e equitativo.