INCENTIVO AO ALEITAMENTO MATERNO

Autores

  • Natália Megda Almeida; Claudia Lundgren Ferreira Valerio; Amanda de Campos Catucci; Rita de Cássia Lima; Janine Barbosa Ferreira Parto Seguro/Cejam

Resumo

Introdução: O aleitamento materno é vital para a saúde de uma criança ao longo da vida e reduz os custos para as unidades de saúde, famílias e governos. Há evidências conclusivas de que o aleitamento materno protege as crianças contra infecções gastrointestinais e respiratórias, o leite materno contém substâncias bioativas que são essenciais para o desenvolvimento cerebral. A Unidade Neonatal do Hospital Municipal e Maternidade Professor Mario Degni é referência no atendimento de recém nascidos prematuros e de média complexidade e conta com uma equipe multidisciplinar. Foi internado no mês de julho/2022, recém nascido de 39 semanas com APGAR 7-8, peso 2710g, com desconforto respiratório. Na avaliação multiprofissional observamos que o recém nascido apresentava hipoatividade importante, reflexo de busca e sucção ausentes, o que estava dificultando o sucesso no aleitamento materno e fez com que houvesse a indicação da sonda nasogástrica para alimentação segura. A mãe por algumas vezes relatava se sentir desmotivada e a cobrança familiar era constante. No 8º dia de vida a equipe médica considerou necessário solicitar exame complementar de ressonância magnética para investigação da hipoatividade. Estabelecemos um propósito de suspender a complementação ao aleitamento em 7 dias após o início do atendimento intensivo. Foram realizados em média 4 atendimentos de estimulação sensorial: estimulação tátil, estimulação tátil com gaze e estimulação vestibular além dos atendimentos fonoaudiológicos nos horários das mamadas, estimulando a autonomia dessa mulher durante o aleitamento. Objetivo: Incentivar o aleitamento materno exclusivo; Desenvolver a autonomia materna; Empoderar a mãe quanto ao aleitamento e cuidado ao recém nascido.  Método: Relato de experiência; Unidade Neonatal; Recém nascido internado em um Hospital Público da Região Metropolitana de São Paulo, Julho de 2022. Os atendimentos foram iniciados após 72 horas de vida com estimulação oral 4 vezes ao dia e estimulação sensorial 3 vezes ao dia. Resultados: Com a padronização e intensificação do cuidado do RN, tivemos sucesso no aleitamento materno exclusivo após a intensificação de estimulação sensorial, e após 5 dias foi retirada a sonda nasogástrica e  não havendo mais a necessidade de complementação quando a mãe estava presente na unidade. Recebeu alta da equipe de fisioterapia após 9 dias de atendimentos e permaneceu  sendo  acompanhado pela fonoaudiologia até a alta hospitalar. Discussão: A preocupação com o cenário nos motivou a intensificar os atendimentos ao recém nascido que foram realizados em conjunto em todos os horários nos quais a mãe estava presente na unidade. No início foi necessário estimulações sensoriais associadas a complementação por sonda e posteriormente o aleitamento materno e complementação via oral. e realizar ações: Reunião multiprofissional diária; Alinhamento da estratégia e padronização de atendimento; Integração familiar nos atendimentos; Empoderamento materno.  Conclusão: Concluímos com essa experiência que a comunicação efetiva entre a equipe e a participação como agentes do processo de melhoria da assistência resultou no aleitamento materno exclusivo e atuou como facilitador do desenvolvimento global do recém nascido, empoderando a mãe a manter o aleitamento materno. 

Downloads

Não há dados estatísticos.

Publicado

2023-05-05

Como Citar

Natália Megda Almeida; Claudia Lundgren Ferreira Valerio; Amanda de Campos Catucci; Rita de Cássia Lima; Janine Barbosa Ferreira. (2023). INCENTIVO AO ALEITAMENTO MATERNO. Anais De Eventos Científicos CEJAM, 9. Recuperado de https://evento.cejam.org.br/index.php/AECC/article/view/136