O ATENDIMENTO FAMILIAR COM PSICÓLOGO COMO ESTRATÉGIA DE CUIDADO E INCLUSÃO
Resumo
Introdução: M., 22a, gênero masculino. Pais separados, mora com a mãe. É encaminhado pela médica da família em 2022 ao psicólogo por histórico de Transtorno Obsessivo Compulsivo e acompanhamento na adolescência no CAPSij, serviço onde teve alta. Superior incompleto (abandono), sem experiência profissional. Refere episódios de bullying na infância e adolescência, além de sofrimento psíquico pela timidez, dependência materna e dificuldade em socializar-se. Durante os atendimentos, foi possível observar outros sintomas, tais como: dificuldade em estabelecer vínculos de amizade, sustentar o contato visual, hiperfoco, hipersensibilidade auditiva, incômodo com alteração na rotina, entre outros. Pensa-se, então, em traços sugestivos para o Transtorno do Espectro Autista e encaminhamento ao psiquiatra.
Objetivo: Elaborar PTS para o acompanhamento do usuário, visando estimular sua independência e qualidade de vida;
Método: Foi ofertado acompanhamento psicológico ao usuário e, durante o processo, foi realizado atendimento e orientação também à mãe.
Resultados: Usuário passou a realizar exercício físico em espaço coletivo; Refletiu-se sobre o interesse por cursos em área de seu interesse, onde inscreveu-se. Após um período foi convidado à monitoria voluntária e, posteriormente ofertada a vaga como estagiário, em que atualmente trabalha de forma remunerada.
Discussão: Aborda-se muito sobre o diagnóstico precoce do Transtorno do Espectro Autista (TEA), porém o tema não é tão abordado na vida adulta. É importante tratar a temática nesta fase da vida, pensando-se no diagnóstico e também na inclusão social na vida adulta. O caso de M. encontra-se em investigação, porém a informação o trouxe a sensação de conforto pela tentativa de esclarecer sintomas e dificuldades que enfrentava desde sua infância, além da discriminação sofrida durante toda sua vida. Com isso, foi possível pensar em estratégias de cuidado com usuário e sua mãe.
Conclusão: O atendimento humanizado e a atenção às necessidades da família foram importantes para a promoção de melhor qualidade de vida ao usuário e sua mãe. Reflete-se que, o diagnóstico, mesmo que tardio, aliado ao cuidado à saúde, é fundamental para o autoconhecimento e desenvolvimento da independência
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