GRUPO DE ACOMPANHANTES COMO FACILITADOR DA INTERNAÇÃO NA UNIDADE NEONATAL

Autores

  • GABRIELLE SAUINI CEJAM
  • Ludmilla Oliveira Lima Cerqueira
  • Claudia Lundgren Ferreira Valerio
  • Fernanda Senhora da Silva
  • Cassiana Aparecida Carosso
  • Janine Barbosa Ferreira

Palavras-chave:

Prematuridade;, Grupo de pais, Unidade Neonatal, Acolhimento em saúde, intervenção precoce

Resumo

Introdução: Durante a internação em Unidade Neonatal é importante desenvolver medidas que favoreçam o vínculo afetivo entre os pais/cuidadores e bebê, que sirvam  para redução do estresse, da ansiedade e do medo causados pela hospitalização e, ainda, que preparem para o cuidado pós alta hospitalar. Com este objetivo, boas práticas vêm sendo recomendadas e implantadas em Unidades Neonatais de acordo com a Política Nacional de Humanização, tais como: incentivo ao Método Canguru, visita da família ampliada, permanência dos pais com o filho internado em tempo integral, incentivo à participação dos pais nos cuidados ao bebê e ao aleitamento materno, e implantação de espaços para ouvir a família em grupos de apoio e oficinas. 

Objetivo: Promover Recursos de Enfrentamento para acompanhar a internação neonatal por meio da realização de um grupo de acolhimento aos cuidadores de recém-nascidos internados na Unidade de Terapia Intensiva Neonatal de um hospital público da Rede Parto Seguro na cidade de São Paulo.

Método: O Grupo iniciou suas atividades em Fevereiro de 2022 e acontece semanalmente. É mediado por uma equipe multiprofissional composta por profissionais da psicologia, fonoaudiologia, serviço social, enfermagem e fisioterapia. Os cuidadores são informados sobre esta atividade no início da internação do recém-nascido e os presentes no dia do encontro são convidados individualmente por um membro da equipe. A participação é voluntária e não há limite de pessoas ou de quantidade de participação. As atividades propostas variam de acordo com o perfil e necessidades dos participantes, alternando entre rodas de conversa, atividades lúdicas, incentivo ao aleitamento materno, estimulação precoce, orientações de saúde/assistência social, simulação de cuidados com o recém nascido e oficinas em datas temáticas.

Resultados: Até março de 2023 foram realizados 38 encontros, que acolheram um total de 180 cuidadores. A realização semanal do Grupo possibilitou uma maior interação entre as famílias e a equipe, aumentou a presença das mães na Unidade Neonatal, facilitou a compreensão das famílias nos processos de internação e a inclusão do bebê no núcleo familiar.

Discussão: As características do ambiente neonatal, a alteração nas condições clínicas do neonato e as regras e rotinas administrativas contribuem para o estresse parental e podem ser causadores de  barreiras na comunicação com a equipe multiprofissional. Dessa forma, o Grupo de Acompanhantes funciona como  uma medida facilitadora  da internação prolongada e auxilia na construção da parentalidade em um ambiente coletivo e desconhecido. 

Conclusão: As atividades desenvolvidas no Grupo proporcionam momentos de descontração e  interação entre as famílias e a equipe, integram as famílias nos cuidados diários, amenizam o estresse e o sofrimento da internação, criam um espaço de empoderamento e escuta dos acompanhantes.

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Publicado

2023-05-03

Como Citar

SAUINI, G., Oliveira Lima Cerqueira, L., Lundgren Ferreira Valerio, C., Senhora da Silva, F., Aparecida Carosso, C., & Barbosa Ferreira, J. (2023). GRUPO DE ACOMPANHANTES COMO FACILITADOR DA INTERNAÇÃO NA UNIDADE NEONATAL. Anais De Eventos Científicos CEJAM, 9. Recuperado de https://evento.cejam.org.br/index.php/AECC/article/view/144