IMPORTÂNCIA DA SENSIBILIZAÇÃO DA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL NA DESOSPITALIZAÇÃO DE RECÉM NASCIDOS COM INTERNAÇÃO PROLONGADA.
Palavras-chave:
Sensibilização, Desospitalização, Alta Segura, Equipe Multiprofissional, cuidadoResumo
O estudo se caracteriza pela sensibilização da equipe multiprofissional para a padronização da desospitalização dos RN’s de longa permanência, promovendo um sentimento de segurança junto à família na reinserção da criança ao seio familiar, evitando que ocorra complicações, pós alta. Identificar por meio de estudo de casos o impacto gerado entre a padronização da desospitalização segura e a eficácia da articulação para a manutenção do cuidado ao RN em segurança no domicílio. O objetivo da desospitalização não é retirar o paciente do hospital precocemente, e sim prover suporte para a continuidade dos cuidados fora dele, prevenindo complicações e, incentivando a promoção de saúde e proteção da criança. Pode-se afirmar que a desospitalização se insere no processo do cuidar, na gestão, na educação em saúde, envolvendo o cuidado integral, a gestão de leitos, o planejamento para a alta, a humanização e o protagonismo do paciente. (MINISTÉRIO DA SAÚDE 2020).
Objetivo: Descrever a alta de um RN de longa permanência, onde a equipe multiprofissional foi sensibilizada para a desospitalização segura.
Método: Estudo observacional de dois casos de internações prolongadas superior a 30 dias, através de acompanhamento da criança após 1 mês de desospitalização. No caso 1 não houve a padronização da desospitalização segura. No caso 2 houve uma estruturação do processo com a equipe multiprofissional, rede apoio e família, entre o período de setembro/2022 a fevereiro/2023.
Resultados: No caso 1, identificamos que após 8 meses de internação, houve a alta hospitalar sem a padronização da desospitalização, acionando somente a equipe multiprofissional de atenção domiciliar (EMAD), ocorrendo a reinternação em 24 horas pós alta. No caso 2, com o processo de alta segura instituído, o lactente após 4 meses de internação, recebeu alta e após 1 mês em casa, não houve procura de serviço de urgência/emergência. Ficando claro que a estruturação da equipe multiprofissional, houve êxito no processo. A alta segura foi trabalhada desde a previsão desta, com treinamento contínuo da cuidadora (mãe), e articulação com a rede de apoio.
Discussão: Foram analisados os RN’s, elegíveis à desospitalização, com destaque às comorbidades que necessitavam de dispositivos (Traqueostomia e Gastrostomia), e um tempo de internação superior há 30 dias. Para a desospitalização segura, foi fundamental o papel do serviço social, realizando as articulações com a rede de apoio do sistema único de saúde (SUS). Mediando os processos de avaliação da EMAD e família, estimulando a relação social e facilitando a troca de informações essencial para redução de eventos adversos pós-alta, reduzindo assim os eventos adversos.
Conclusão: Com os ajustes realizados, após o estudo dos casos evidenciados na UTI Neonatal, observamos a efetividade no processo de desospitalização com mudanças positivas em todo processo, tornando-se estratégias validadas com resultados relevantes, construindo dessa forma o processo de alta segura. Em relação aos benefícios alcançados, a desospitalização em momento adequado e segura, é muito satisfatória, havendo redução das infecções hospitalares e outras complicações. E por fim é de suma importância, o convívio no seio familiar, trazendo mais conforto e fortalecimento de vínculos.
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