RELATO DE CASO: ACOLHIMENTO DE CASAL HOMOAFETIVO NA UTI NEONATAL COMO PROMOÇÃO DA SAÚDE MENTAL
Resumo
INTRODUÇÃO E OBJETIVO
O processo de gestar sempre esteve centrado no casal heterossexual, porém com o avanço da tecnologia da reprodução
assistida, cada vez mais é possivel nos depararmos com casais homoafetivos tendo a oportunidade ter filhos biologicos.
Sendo assim, se mostra importante que os serviços de saúde hospitalar se adequem a essa nova realidade e consigam
incluir o casal homoafetivo, possibilitando o acolhimento adequado e promovendo saúde mental para essa população
vulnerável.
Este trabalho teve como objetivo relatar e trazer reflexão sobre o acolhimento de famílias homoafetivas na UTI Neonatal
em um hospital municipal, e como esse acolhimento é ferramenta potencializadora para a promoção da saúde mental
dessa população.
DESCRIÇÃO DO CASO
O recém - nascido, termo, foi admitido na UTIN com hipótese diagnóstica de hipóxia neonatal grave. Após algumas horas
depois do nascimento recebeu a primeira visita na unidade da mãe afetiva (companheira da mãe biológica), que o
conheceu e recebeu o boletim médico.
Este primeiro acolhimento foi realizado pela psicóloga e assistente social da unidade que orientaram sobre o fluxo e regras
durante internação. Após esse primeiro contato foi realizado um trabalho junto com a equipe para que ambas as mães
fossem acolhidas e respeitadas. Com isso, as duas mães tiveram a possibilidade de visitar o paciente, sendo uma no
horário da “visita dos pais” e a outra como acompanhante 24h, e as duas também puderam segurar o filho no colo em
momentos que ele estava estável. Além do trablho com a equipe dentro da unidade a recepção do hospital também foi
orientada quanto a liberação da companheira nos horarios de visita para que não houvesse nenhuma forma de
discriminação e impedimento.
RESULTADOS E CONCLUSÃO
Durante a internação no RN na UTIN foi possível trabalhar com a equipe de assistência sobre o acolhimento a população
LBGT o que trouxe várias reflexões sobre essa população, e foi de extrema importância. Pois dessa forma, comportamentos
violentos como homofobia e comunicação heternormativa foram amenizados. Conforme Carvalho, Cabral e Diniz (2020)
apontaram em seu estudo, gerar um indivíduo é um fenômeno social, e que requer a legitimação social do casal. Sendo
assim, o reconhecimento da equipe da UTIN cumpre o esse papel e transcende os muros da instituição potencializando e
reconhecendo o casal homoafetivo.
Apesar de resultados positivos ainda é necessária a realização de muito treinamento com as equipes de saúde para que
esse acolhimento na UTIN seja protetor para a saúde mental dessa população.
REFERÊNCIAS BIBLIOGRÁFICAS
Carvalho, P.G.C.; 2018 - Homoparentalidade feminina: nuances da assistência à saúde durante concepção, gravidez, parto e pós-parto. Teses USP, São
Paulo/SP.
Carvalho, P.G.C., Cabral, C.S., Diniz, C.S.G.; 2020 - O lugar da parceira que não gesta: elementos para discussão sobre homoparentalidade feminina. In:
Entrecruzando saberes: gênero, sexualidade, memória e violencia, 1ª edição eletronica, Uberlandia, MG.
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