O RECONHECIMENTO DA IMPORTÂNCIA PELA EQUIPE MULTIPROFISSIONAL FRENTE AO PROCESSO DE ADMINISTRAÇÃO DE MEDICAMENTOS QUIMIOTERÁPICOS
Meta 3 – Segurança no uso de Medicamentos
Resumo
O reconhecimento da importância pela equipe multiprofissional frente ao processo de administração de medicamentos quimioterápicos
Tipo de Trabalho: Relato de experiência exitosa
Eixo temático:
META 1: Identificação correta do paciente
Meta 2- Comunicação efetiva
META 3 – Segurança no uso de Medicamentos
Autores: Juliana Bressani Ramos Cunha de Oliveira; Taiara da Silva Mandri
Afiliação: Oncologia, Hospital Estadual “Dr. Albano da Franca Rocha Sobrinho”. Franco da Rocha, CEJAM, SP, Brasil.
Descritores: quimioterápicos; dupla checagem; equipe multiprofissional; segurança do paciente; oncologia.
Introdução: Conforme a Organização Mundial da Saúde (OMS) segurança significa “redução, a um mínimo aceitável, do risco de dano desnecessário associado ao cuidado de saúde”. A segurança no uso de medicamentos visa a redução de erros no processo de medicação que se divide em várias etapas com alto risco de falha. Os medicamentos quimioterápicos são considerados potencialmente perigosos e os erros decorrentes de sua utilização podem ocasionar lesões permanentes ou até a morte, além disso esses medicamentos apresentam baixo índice terapêutico, isto é, o valor da dose tóxica é muito próximo do valor da dose eficaz, possuindo alto potencial para causar eventos adversos. Diante do exposto, é de extrema importância à atenção redobrada de toda a equipe multiprofissional envolvida no processo de prescrição, preparo, dispensação e administração de quimioterápicos. Objetivo: Descrever o fluxo implantado no Ambulatório de Oncologia a fim de melhorar a segurança na prescrição, uso e administração de medicamentos quimioterápicos. Método: Relato de experiência exitosa das etapas seguidas no Ambulatório de Oncologia pela equipe multiprofissional no processo de administração dos medicamentos quimioterápicos. Resultados / Discussão: O processo de administração dos medicamentos quimioterápicos tem o envolvimento da equipe médica, farmacêutica e de enfermagem. Ao médico cabe a elaboração eletrônica da prescrição médica já em ordem de infusão, avaliar incompatibilidade medicamentosa, ajuste de dosagens. Ao farmacêutico cabe a conferência minuciosa da prescrição médica e após encaminhar à manipulação externa, onde farmacêuticos realizarão nova conferência antes da manipulação. Na entrega das medicações, o farmacêutico confere os dados da nota fiscal, da bolsa de quimioterapia com a prescrição médica, características específicas de cada medicamento. É preenchido um check list de recebimento, onde é registrado as não conformidades. Na dispensação de quimioterapia o enfermeiro confere a prescrição médica e o farmacêutico confere os dados que constam na bolsa de quimioterapia, constando o registro e assinatura de ambos no caderno de conferência. À equipe de enfermagem realiza a conferência com outro profissional dos dados da prescrição médica e da bolsa de quimioterapia registrando a conferência em prescrição médica. Antes de instalação da bolsa de quimioterapia o enfermeiro realiza a conferência com o paciente com nome completo e a data de nascimento. Em todas as etapas há conferência e o registro dos dados do paciente e do medicamento por dois profissionais, de modo independente e simultâneo, garantindo uma prescrição certa, para o paciente certo, com o medicamento certo, validade certa, na dose certa, com compatibilidade certa, na via de administração certa e no tempo de infusão certo. Conclusão: A existência ou falhas nos processos que garantem práticas assistenciais seguras propiciam a desconfiança e comprometimento na relação paciente e profissional de saúde, possibilitam danos psicológicos e sociais e diminuem a possibilidade de alcançar o desfecho esperado. Os eventos em uma ou mais etapa do processo de administração do medicamento podem ter consequências graves, podendo levar o paciente a óbito. Notamos que durante todo o processo da administração dos medicamentos quimioterápicos a conferência e o registro dos dados do paciente e do medicamento por dois profissionais atua como barreira de segurança do processo sendo de grande importância para minimização dos erros e segurança do paciente oncológico.
Referências Bibliográficas:
- CONSELHO REGIONAL DE ENFERMAGEM DE SÃO PAULO. Parecer COREN-SP 018/2020.
- COSTA, P. C. A.; NUNES, V. M.A.; PIMENTA, I. D. S. F.; BEZERRA, T. S.; PIUVEZAM, G.; GAMA, Z. A. S. Análise de falhas e efeitos na preparação e dispensação de quimioterápicos. Enfermeria Global, n. 58, p. 82-95, abril 2020.
- COSTA, A. G.; COSTA, M. S. C. R.; FERREIRA, E. S.; SOUSA, P. C.; SANTOS, M. M.; LIMA, D. E. O.B.; RAMOS, A. M. P. C. Conhecimento dos Profissionais de Enfermagem sobre Segurança do Paciente Oncológico em Quimioterapia. Revista Brasileira de Cancerologia, N. 65, V. 1, 2019.
- RIBEIRO, T. S.; SANTOS, V. O. Segurança do Paciente na Administração de Quimioterapia Antineoplásica: uma Revisão Integrativa. Revista Brasileira de Cancerologia, N. 61, V. 2, P. 145-153, 2015.
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