A EQUIPE MULTIPROFISSIONAL NA TERAPIA NUTRICIONAL ENTERAL EM PACIENTES ONCOLÓGICOS AMBULATORIAIS: INDICAÇÃO, VIVÊNCIAS E SENTIDOS
Saúde do Adulto
Palavras-chave:
oncologia, Nutrição, saúde do adulto, equipe multiprofissionalResumo
INTRODUÇÃO
O estado nutricional do paciente oncológico merece atenção especial, visto apresentar grande variação ao longo do tratamento e da doença. A desnutrição ocorre na maioria dos pacientes com câncer, sendo a maior causa de morbimortalidade entre esses indivíduos. A conduta nutricional assim como a via alimentar utilizada dependerá da situação clínica do paciente. A terapia nutricional enteral (TNE) deve ser considerada para limitar a perda de peso e fornecer aos pacientes um adequado aporte energético. Entretanto, a indicação e a manutenção da nutrição enteral nesses pacientes deve ser pautada não apenas na avaliação clínica, como na social e bioética. Uma vez que a alimentação vai além do fornecimento de nutrientes, tendo posição central na sua vida, envolve emoção e memória, e deve melhorar a sua qualidade de vida e conforto.
OBJETIVO
Verificar a participação dos pacientes e de seus familiares na decisão sobre a utilização da terapia nutricional enteral e suas visões a respeito dela. E colocar em evidencia o papel da equipe multiprofissional na orientação ao paciente e familiar ou cuidador como um fator importante para a qualidade da assistência integral aos pacientes.
MÉTODO
Revisão bibliográfica tendo como pergunta norteadora “Como a equipe multiprofissional integra os pacientes em tratamento oncológico em uso da terapia nutricional enteral, sentidos e significados”. Levantamento e análise de 10 artigos científicos emitidos nos últimos cinco anos que abordam as dificuldades encontradas pelos pacientes com necessidade de terapia nutricional enteral e seus familiares ou cuidadores atendidos a nível ambulatorial.
RESULTADOS
A TNE para pacientes oncológicos possui como sentidos e significados principais: o desejo pela comida, a aceitação, os cuidados com o dispositivo, a melhora dos sintomas, o desconforto, maior custo financeiro, a dependência, a qualidade de vida e a esperança. Diante da análise dos artigos e da nossa prática clínica, observamos falhas de comunicação e informações insuficientes prestadas pela equipe multiprofissional na tomada de decisão do paciente e cuidadores, ou por barreiras de entendimento ou negação em relação ao avanço da doença e à necessidade da terapia nutricional enteral. Muitos profissionais não valorizam o entendimento dos pacientes às informações fornecidas, não exploram o conhecimento do paciente sobre o tema e, raramente discutem as preferências do paciente no seu cuidado.
CONCLUSÃO
A abordagem da equipe multiprofissional na indicação da terapia nutricional enteral deve incluir as vantagens e desvantagens desta terapia, a partir de uma comunicação empática, objetivando centralizar os pacientes e cuidadores e permitindo que se sintam seguros em participar da tomada da decisão, com vistas aos resultados positivos a serem alcançados ressignificando a terapia como uma nova forma de se alimentar.
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