ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO LGBTQIAPN+ E LINHAS DE CUIDADO: UMA PROPOSTA DE INTERVENÇÃO

Saúde do Adulto

Autores

  • Matheus Florentino dos Santos Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim (CEJAM), UBS Jardim Comercial, São Paulo, Brasil https://orcid.org/0009-0007-0975-2283
  • Thiago de Castro Menezes Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim (CEJAM), UBS Jardim Comercial, São Paulo, Brasil https://orcid.org/0000-0003-2286-0549
  • Deyse Van der Ham Barcelos Centro de Estudos e Pesquisas Dr. João Amorim (CEJAM), UBS Jardim Comercial, São Paulo, Brasil

Palavras-chave:

envelhecimento, políticas de saude, atenção primária, saúde do adulto, LGBTQIAPN

Resumo

O envelhecimento da população LGBTQIAPN+ apresenta desafios específicos de saúde e sociais devido à prevalência de depressão, ideação suicida, obesidade, sedentarismo, abuso de substâncias e violações de direitos humanos. No Brasil, aproximadamente 3,1 milhões de idosos LGBTQIAPN+ enfrentam barreiras adicionais impostas pelo modelo social heterocisnormativo, que impacta negativamente aspectos de saúde mental, liberdade sexual, identidade de gênero, conjugalidade e parentalidade. A Política Nacional de Saúde Integral LGBTQIA+, instituída em 2011, ainda enfrenta resistência em sua aplicação prática. A intervenção nas Unidades Básicas de Saúde (UBS) pode ser fundamental para garantir a promoção plena dessa política, aproveitando a proximidade dos Agentes Comunitários de Saúde (ACS) com os usuários. A proposta de intervenção inclui estratégias como a capacitação contínua dos profissionais de saúde, reformulação de formulários para identificar as especificidades dos idosos LGBTQIAPN+, construção de ecomapas, fortalecimento de campanhas específicas, criação de grupos de convivência, e promoção da educação em saúde nas Instituições de Longa Permanência para Idosos (ILPI). Além disso, sugere-se aumentar a participação popular nos Conselhos Gestores das UBS e promover discussões sobre políticas para a população idosa LGBTQIAPN+. A avaliação do impacto desta intervenção deve ser feita através de pesquisas com os usuários após um período de 6 a 12 meses, envolvendo todos os profissionais de saúde e administrativos que participaram das intervenções. Espera-se, assim, identificar e mapear os usuários idosos LGBTQIAPN+, proporcionar uma escuta qualificada, humanizar a equipe, consolidar grupos específicos e melhorar os indicadores de saúde dessa população, garantindo acesso e qualidade no atendimento.

Downloads

Não há dados estatísticos.

Downloads

Publicado

2024-08-02

Como Citar

Florentino dos Santos, M., de Castro Menezes, T., & Van der Ham Barcelos, D. (2024). ENVELHECIMENTO DA POPULAÇÃO LGBTQIAPN+ E LINHAS DE CUIDADO: UMA PROPOSTA DE INTERVENÇÃO: Saúde do Adulto. Anais De Eventos Científicos CEJAM, 11. Recuperado de https://evento.cejam.org.br/index.php/AECC/article/view/834

Artigos mais lidos pelo mesmo(s) autor(es)