PRÁTICAS HUMANIZADAS NA COLETA DO TESTE DO PEZINHO

Autores

  • Luana Rocha Pereira Hospital Municipal Dr. Ignácio Proença de Gouvêa
  • Cristiane Akiko Otaguro

Palavras-chave:

Humanização; Promoção da Saúde; Assistência de Enfermagem; Triagem Neonatal; Aleitamento Materno.

Resumo

Introdução: O Teste do Pezinho é um exame que faz parte da Triagem Neonatal, tem como objetivo diagnosticar distúrbios que possam prejudicar o desenvolvimento do recém-nascido, facilitando o início do tratamento1. Com a finalidade de minimizar o desconforto durante a coleta do exame, adotam-se práticas capazes de aliviar a dor do recém-nascido. Frente a isso, utiliza-se a amamentação como método não farmacológico para o alívio da dor e o contato pele a pele2.

Objetivo: Relatar a experiência da equipe de enfermagem, a partir de práticas humanizadas para a realização do teste do pezinho no Alojamento Conjunto.

Método: Estudo descritivo, do tipo relato de experiência, desenvolvido em recém nascidos do Alojamento Conjunto em um Hospital Municipal em São Paulo. A realização do teste do pezinho que anteriormente acontecia em sala de procedimento, separado da mãe, passa a ser associado a técnica de amamentação e contato pele a pele.

Resultados: A abordagem é realizada a partir de orientações, a puérpera e familiar são informados sobre o procedimento, realizado após 48 horas de vida do recém-nascido, reforçando a importância do exame. São ofertadas práticas que aliviem a dor no momento da coleta, minimizando os sentimentos negativos em relação ao exame. O teste do pezinho é realizado no quarto, onde a mãe é posicionada de forma que fique confortável com o seu bebê, seja no leito ou poltrona, e assim posicionado em seio materno, após o recém-nascido demonstrar que está calmo e amamentando, inicia-se a coleta do teste. Observou-se que tal prática promove o alívio da dor e tem sido bem recebida pelas puérperas, proporcionando maior segurança, conforto, sendo momento para esclarecimento de dúvidas e preocupações.

Discussão: A amamentação combinada ao contato pele a pele é observada de forma efetiva na redução das manifestações comportamentais de dor, o que justifica a promoção do uso destas medidas durante a coleta do exame3. Observa-se ainda, que o benefício se estende para a mãe, que também tem o seu estresse reduzido, pois o recém-nascido tende a não manifestar a dor através do choro e inquietação, assim como a participação ativa da mãe pode modificar a resposta do RN ao evento doloroso4-5. Conclusão: Por se tratar de um procedimento de extrema importância, é necessário que haja humanização no Teste do Pezinho, e a amamentação constitui em uma intervenção natural, efetiva, livre de custos, aplicável em diversas situações, inclusive de dor.

Referências:

  1. Trovó de Marqui AB. TESTE DO PEZINHO E O PAPEL DA ENFERMAGEM: UMA REFLEXÃO. Rev Enferm Atenção Saúde [Online]. Ago/Dez 2016; 5(2):96-103 ISSN 2317-1154.
  2. Martins GF, Rodrigues MS. Amamentação como método não farmacológico para alívio da dor durante o teste do pezinho: Revista Brasileira de Ciências da Vida [Internet]. 2018 Apr 6 [cited 2023 Apr 7];6(3). Available from: http://jornalold.faculdadecienciasdavida.com.br/index.php/RBCV/article/view/612.
  3. Leite AM, Silva A de CTO da, Castral TC, Nascimento LC, Sousa MI de, Scochi CGS. Amamentação e contato pele-a-pele no alívio da dor em recém-nascidos na vacina contra Hepatite B. Revista Eletrônica de Enfermagem. 2015 Sep 30;17(3).
  4. Leite AM. Efeitos da amamentação no alívio da dor em recém-nascidos a termo durante a coleta do teste do pezinho [Internet]. teses.usp.br. 2005 [cited 2023 Apr 11]. Available from: https://teses.usp.br/teses/disponiveis/22/22133/tde-08052007-165955/pt-br.php.
  5. Leite AM, Castral TC, Scochi CGS. Pode a amamentação promover alívio da dor aguda em recém-nascidos? Revista Brasileira de Enfermagem. 2006 Aug;59(4):538–42.

 

 

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Publicado

2023-05-02

Como Citar

Rocha Pereira, L., & Akiko Otaguro, C. (2023). PRÁTICAS HUMANIZADAS NA COLETA DO TESTE DO PEZINHO. Anais De Eventos Científicos CEJAM, 9. Recuperado de https://evento.cejam.org.br/index.php/AECC/article/view/97