DESMISTIFICANDO CUIDADO PALIATIVO
REVENDO CONCEITOS
Palavras-chave:
Cuidados paliativos; humanização, terminalidade.Resumo
Introdução: Cuidados Paliativos consistem na assistência promovida por uma equipe multidisciplinar, que objetiva a melhoria da qualidade de vida do paciente e seus familiares, diante de uma doença que ameace a vida, por meio da prevenção e alívio do sofrimento, por meio de identificação precoce, avaliação impecável e tratamento de dor e demais sintomas físicos, sociais, psicológicos e espirituais (1). Apesar de ter indicação precoce, até hoje há dificuldades em sua indicação, seja por preconceito do paciente, dos familiares e até da equipe assistente, que entende por cuidados paliativos somente aquela realizada no fim de vida (2, 3, 4).
Objetivo: Apresentar o conceito de Cuidados Paliativos, desmistificar preconceitos e quebrar barreiras para sua indicação em momento oportuno, e não apenas no fim de vida.
Método: Revisão simples de literatura utilizando o banco de dados MedLine.
Resultados e discussão: Apesar de sua indicação desde o início do adoecimento, corriqueiramente vemos ações em relação aos cuidados paliativos serem adotadas apenas no fim de vida, perpetuando a cultura de que cuidados paliativos só são indicados para quem “está morrendo”. Desta forma, elaboramos algumas questões frequentemente perguntadas para desmistificar preconceitos em relação aos cuidados paliativos.
- CUIDADOS EXCLUSIVOS EM HOSPITAIS - MITO: Cuidados Paliativos são realizados tanto nos hospitais, quanto em ambulatórios e na assistência domiciliar;
- ACELERAM A MORTE - MITO: A prática de eutanásia é considerada crime no Brasil. Desta forma, nenhuma ação paliativa tem como objetivo acelerar a morte;
- APLICADO SOMENTE PARA PACIENTES COM DOENÇAS ONCOLÓGICAS - MITO: Todas a pessoas com doenças graves e ameaçadoras da vida podem ser acompanhadas por equipes de Cuidados Paliativos;
- APLICADO SOMENTE QUANDO NÃO HÁ MAIS TRATAMENTO PARA A DOENÇA - MITO: É possível (e importante) iniciar acompanhamento com equipe de Cuidados Paliativos precocemente, mesmo quando há possibilidade de cura;
- MORFINA É USADA SOMENTE PARA QUEM ESTÁ NO FIM DA VIDA- MITO: A morfina, assim como outros medicamentos, tem o objetivo de tratar dor e dispneia (falta de ar), tanto em pacientes com doenças em estágio inicial tanto quanto em pacientes com doenças avançadas.
Conclusão: Apesar do impacto positivo da introdução de Cuidados Paliativos de forma precoce, atualmente ainda há muita desinformação acerca do assunto, o que gera potencial aversão por parte dos pacientes, familiares e até mesmo das equipes de saúde. É necessário que se propaguem medidas de educação continuada para a divulgação da prática, ainda em crescimento, no Brasil.
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