COMUNICAÇÃO EFETIVA E SEGURANÇA NO USO DE MEDICAÇÃO EM PACIENTE COM AUTISMO NÃO ALFABETIZADO

Meta 3 – Segurança no uso de Medicamentos

Resumo

O Transtorno do Espectro Autista (TEA) caracteriza-se por prejuízos significativos na comunicação e socialização. Partindo da premissa de que a possibilidade de comunicação estará de alguma maneira prejudicada nestes casos observa-se, portanto, indiscutível necessidade de adequação da equipe frente a forma como se comunica com estes pacientes garantindo tanto a compreensão de suas necessidades quanto fazer-se compreendida por ele.

Este relato de caso tem como objetivo descrever experiência exitosa onde a equipe multiprofissional pôde contribuir para efetiva comunicação e segurança no uso de medicamentos psicotrópicos frente a um paciente com TEA moderado não alfabetizado que buscou o serviço pela primeira vez e comunicava-se através de desenhos e sons guturais. Os métodos utilizados foram revisões da literatura e informações contidas em prontuário.

Paciente chegou ao serviço com agitação psicomotora, recém cadastrado na UBS,  acompanhado da mãe idosa, com quem reside, ambos não alfabetizados. Ao perceber a situação de vulne-rabilidade social e risco de uso indevido das medicações, Assistente Social agendou atendimento compartilhado com Psiquiatra e Fonoaudióloga onde foi possível a avaliação das limitações e necessidades individuais tendo o uso de desenhos como base para a comunicação além de orientações em linguagem simplificada para genitora, adequando o atendimento e evitando risco.

Com esta experiência a equipe conclui que respeitar as limitações individuais e considerar outras maneiras de comunicação mostrou-se como ferramenta potente na prática diária dentro da Unidade de saúde e no exercício de compreender e fazer-se compreendido se torna possível a segurança no uso das medicações e a efetividade da comunicação.