GRUPO DE TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA COMO FERRAMENTA PARA ACOLHIMENTO, ESCUTA E FORTALECIMENTO DA COMUNIDADE

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Resumo

Introdução: Atualmente um dos grandes desafios mundiais na saúde são as questões relacionadas à saúde mental. Num mundo pós pandemia, a saúde mental tornou-se um bem maior na vida do indivíduo. A promoção da saúde mental deve fazer parte das ações contínuas no Serviço de Saúde e é muito importante proporcionar à população acessibilidade às ações de saúde mental, através de espaços de escuta qualificada, acolhimento livre de julgamentos e aconselhamento especializado. A troca e a soma de saberes entre profissionais de saúde e usuários pode ser um potencial para a promoção de saúde de forma humanizada, demonstrando ao indivíduo a importância da autonomia no cuidado com a saúde e como a sua própria atuação é agente transformador na sua vida pessoal e na coletividade. Todo indivíduo é afetado e afeta a todos os sistemas e subsistemas em que vive, como por exemplo a família, a vizinhança, a escola, o trabalho. A Unidade Básica de Saúde (UBS) está inserida no sistema da comunidade afetando e sendo afetada. Desta maneira, frente ao aumento expressivo dos sinais, sintomas e comportamentos ansiosos e depressivos pós-pandemia COVID-19 na população como um todo, evidenciou-se que a população no estágio entre meia-idade e população idosa apresentava necessidade de acessibilidade e escuta acolhedora e humanizada em saúde mental. Objetivo: Disponibilizar acessibilidade, escuta, acolhimento e fortalecimento para comunidade do território com apoio da UBS Luar do Sertão. Método: Através da percepção e feedback nos atendimentos das equipes, médicos, enfermeiros, agentes comunitários de saúde e equipe multiprofissional, constatou-se o aumento da demanda em saúde mental, com ênfase para sinais, sintomas e comportamentos da ansiedade e depressão em pessoas a partir de 50 anos de idade e em idosos. Havendo a existência da demanda expressiva, a Terapia Comunitária Integrativa constatou-se como sendo a ferramenta assertiva para ofertar um espaço de cuidado, escuta, acolhimento e humanização. Em 05 de agosto de 2022 a Psicóloga iniciou as rodas de Terapia Comunitária Integrativa na UBS. Resultados: Houve adesão expressiva e engajamento dos usuários participantes do grupo de Terapia Comunitária Integrativa, com relatos de remissão dos sintomas ansiosos e depressivos, relatos de melhoria na qualidade de vida por meio de escolhas comportamentais mais assertivas nos relacionamentos familiares e com outras pessoas da comunidade e de forma mais empática e humanizada. Discussão: A Terapia Comunitária Integrativa é uma ferramenta poderosa para promover ações coletivas que otimizam o acesso, promovem o acolhimento de forma humanizada e trazem benefícios individuais e coletivos para os participantes. Conclusão: Implementar ações que promovem o acesso e acolhimento para usuários com demandas de saúde mental no território é uma estratégia que promove melhoria na qualidade de vida do indivíduo e da família e fortalece o vínculo dos usuários com o Serviço de Saúde, promovendo maior consciência do conceito de saúde e melhorando a adesão ao acompanhamento de saúde de forma geral.

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Biografia do Autor

Ana Paula Basilio Tavares Rocha, CEJAM

Enfermeira, Especialista em Saúde Pública com ênfase no Programa Saúde da Família; Especialista em Gestão de Programas e Serviços de Saúde; Analista Comportamental, com qualificação em Liderança - Professional and Self Coaching; cursando MBA em Inteligência Competitiva. Atuou como Enfermeira em Unidade de Terapia Intensiva por 2 anos; Enfermeira do SAMU SP no 4º Grupamento de Bombeiros - SAV Capão Redondo. Há 20 anos ingressou no SUS. Tem experiência como Enfermeira no Programa Saúde da Família, Assessora de Programas Governamentais e Gestão de Serviços de Saúde.

Publicado

2023-05-05

Como Citar

Basilio Tavares Rocha, A. P., & Vitoreti Motta, K. C. (2023). GRUPO DE TERAPIA COMUNITÁRIA INTEGRATIVA COMO FERRAMENTA PARA ACOLHIMENTO, ESCUTA E FORTALECIMENTO DA COMUNIDADE. Anais De Eventos Científicos CEJAM, 9. Recuperado de https://evento.cejam.org.br/index.php/AECC/article/view/138

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