ACOMPANHAMENTO DE PESSOAS COM COMPLICAÇÕES VASCULARES ATRAVÉS DE ATIVIDADES EM GRUPO: CONSTRUÇÃO DE UMA LINHA DE CUIDADO

Resumo

Introdução: A Linha de Cuidado surge como uma forma de expressar os fluxos assistenciais seguros e garantidos aos usuários no sentido de atender às suas necessidades de saúde. Compreendendo que o cuidado integral deve ser pleno, feito com base no ato acolhedor do profissional de saúde, no estabelecimento de vínculo e na responsabilização diante do seu problema de saúde o município de Carapicuíba – SP, junto às redes de atenção à saúde, vem construindo a Linha de Cuidado Doenças Obstrutivas Vasculares com o apoio do CEJAM através do Ambulatório Médico de Especialidades (AME) e Hospital Geral de Carapicuíba (HGC). Objetivo: Realizar o acompanhamento de pessoas com risco para complicações vasculares. Método: Trata-se de uma ação, através de método qualitativo, com a finalidade de avaliar pessoas de risco para desenvolvimento de problemas e complicações vasculares. A partir do levantamento de dados, foram identificadas pessoas que foram encaminhadas para o especialista vascular e seguiam em aguardo para consulta, ou já estavam em acompanhamento, levando à realização de um grupo vascular para reavaliação clínica. O primeiro grupo, com 16 pessoas, foi realizado no dia 23/02/2023 na USF Ivanildes da Silva Santos – USF Cohab V, Carapicuíba-SP pela equipe composta por ACS, enfermeira e médica clínica. Resultados: As pessoas que participaram do grupo passaram por avaliação individual do quadro clínico atual, verificando as necessidades de saúde enquanto aguardam acompanhamento com especialista. Em grupo, receberam orientações alimentação saudável, a importância das atividades físicas, orientações para participação e acompanhamento no grupo Hiperdia. Dos 16 presentes, 08 foram mantidos os encaminhamentos para vascular, sendo que 03 já acompanham; outros 02 pacientes tiveram agendamento clínico realizado a fim de realizar acompanhamento mais detalhado; 06 foram orientados a seguir acompanhamento clínico na unidade e participarem do Hiperdia, que acontece mensalmente. Além disso, os ACS da unidade acompanham através de visitas domiciliares e apresentaram três resultados de seguimento de cuidados. Após o grupo, 03 pacientes afirmaram que já foram chamados para o especialista. Uma paciente já realizou a USG dopller e segue realizando curativo em lesão, além de acompanhar no ambulatório do HGC; os outros dois pacientes estão em acompanhamento no AME Carapicuíba, um apresentando evolução positiva, e outra, realizando aplicação com espuma em lesão, semanalmente. Discussão: A realização do grupo para avaliação vascular foi uma proposta da equipe da USF que trouxe a oportunidade de acesso ampliado ao cuidado dessas pessoas levando a um acompanhamento mais criterioso oferecendo maior suporte. Em visitas domiciliares, os ACS podem seguir o acompanhamento e monitorar acerca do acesso aos demais serviços. Conclusão: O acompanhamento contínuo na APS de pessoas com risco para complicações vasculares evidencia a importância da coordenação do cuidado, do fortalecimento da rede de atenção à saúde e oferece ao usuário a melhoria da qualidade no acompanhamento de saúde. Referências: Brasil. Ministério da Saúde. Diretrizes para o cuidado das pessoas com doenças crônicas nas redes de atenção à saúde e nas linhas de cuidado prioritárias, (2013). Brasília: Ministério da Saúde, 28 p.