INTERVENÇÃO PRECOCE NA PRIMEIRÍSSIMA INFÂNCIA DE BEBÊS COM RISCO PSÍQUICO
Palavras-chave:
Reabilitação, saúde mentalResumo
Introdução: O Centro Especializado em Reabilitação (CER) descrito nesse trabalho é um equipamento do Sistema Único de Saúde (SUS) e atende os bebês de risco neuropsicomotor da região do Jardim Ângela e M’Boi Mirim, na zona sul de São Paulo, portanto, um ponto importante para o acompanhamento e estimulação especializada na região. No entanto, a partir dos acompanhamentos foi percebido que alguns bebês apresentam dificuldades no brincar, para explorar o ambiente de forma ativa, atraso e/ou dificuldades na aquisição das habilidades motoras iniciais, que sugerem estar associados aos indícios de não estar bem no sentido psíquico. Diante desse cenário e de compreendermos a necessidade de intervenção multiprofissional com intervenção direcionada na saúde psíquica do bebê, partindo do princípio de um olhar preventivo na saúde mental, de forma que a intervenção seja anterior ao diagnóstico. Objetivo: Apresentar a experiência do atendimento multiprofissional do bebê com risco psíquico no CERIV M’Boi Mirim como forma de intervenção precoce na saúde mental. Método: Os bebês que se encontram em acompanhamento no CERIV M’Boi Mirim que apresentem dificuldades das habilidades motoras iniciais associados a indícios de não estar bem no sentido psíquico ou na relação do laço social são encaminhados para o grupo de acompanhamento com o foco na intervenção na saúde mental atrelado ao atraso motor. O grupo ocorre uma vez por semana com equipe multiprofissional (terapia ocupacional, fisioterapia, fonoaudiologia e da psicologia) com no máximo quatro bebês, em que são realizadas intervenções tanto motoras quanto relacionadas aos aspectos relacionados a saúde mental como laço social, sorriso, interação e o brincar compartilhado. Os casos são discutidos regularmente entre a equipe e eventualmente com a rede de serviços. Resultados: A partir das intervenções realizadas é possível perceber uma aproximação importante nas intervenções interprofissionais, além de uma aproximação da família para com o bebê, ao qual os profissionais passam a atuar de maneira a favorecer nessa relação primordial da infância e facilitando o desenvolvimento psíquico. Além de proporcionar aos profissionais um olhar mais humanizado e integral. Conclusão: A partir desse olhar integral do bebê e com as intervenções tanto neuropsicomotoras quanto de saúde mental, se observam ganhos na evolução integral do bebê, dando espaço para a constituição psíquica o que leva a uma promoção da saúde, e não ficando em uma posição passiva diante de algo que não vai bem, porém que não aparece nas escalas de desenvolvimento motor, possibilitando que o serviço de reabilitação esteja atuando de maneira preventiva na saúde mental da primeira infância e não somente atuando quando um quadro patológico se instaura.
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