INTERVENÇÃO NA SAÚDE MENTAL DE CRIANÇAS COM TRANSTORNO DO ESPECTRO AUTISTA A PARTIR DE ATIVIDADES CORPORAIS
Palavras-chave:
Reabilitação, Transtorno do Espectro do Autismo, Equipe de saúdeResumo
Introdução: O brincar na infância tem um papel fundamental na constituição e desenvolvimento da criança tanto nos aspectos psíquicos quanto sociais, e o brincar não é somente no uso passivo de brinquedos, mas na exploração dos ambientes com o corpo, como subir e descer, correr, sentar e pular. Sendo assim, a reabilitação infantil não é somente pensada a partir de uma visão organicista, mas ela deve englobar uma intervenção interdisciplinar que parte do lugar da criança em que o lúdico com o corpo é uma das formas da mesma poder se relacionar com o mundo. E isso não é diferente no cuidado da pessoa com Transtorno do Espectro Autista (TEA) ao qual por vezes por alterações sensoriais ou na linguagem, precisam de outras maneiras de se relacionar com o mundo ao redor, e o corpo pode ser uma maneira de essa relação ocorrer. Objetivo: Apresentar a intervenção multiprofissional com psicologia, fonoaudiologia, terapia ocupacional e tendo a atuação da profissional de educação física como parte importante da equipe da reabilitação com o uso de estratégias corporais na intervenção de crianças com TEA. Método: O grupo ocorre com crianças entre 3 à 7 anos de idade com diagnóstico de TEA e que tenham dificuldade na percepção corporal, na relação com o outro e com o mundo, que tenham atrasos importantes na realização de tarefas simples corporais. O grupo é realizado com estímulos corporais com uso de recursos que foram adaptados pela profissional de educação física como uso de pneus, túnel e circuito de PVC, tapetes sensoriais; a partir de circuitos montados, são realizadas atividades de percepção de corpo, segurança, poder se dirigir ao outro, controle e realizações de atividades do dia a dia, possibilitando assim, um brincar com o corpo. Resultados: A atuação a partir de atividades corporais se mostram como estratégia importante, ao qual a criança passa a ter maior autonomia nas suas atividades, começa a perceber o que ocorre a sua volta, melhora a relação com o outro, impactando diretamente na saúde mental da criança que passa a se compreender e se relacionar com o mundo. Conclusão: As intervenções com crianças com TEA não se baseiam em alterar comportamentos e/ou tentar excluir, mas sim auxiliar as mesmas a se perceberem diante de suas limitações e auxiliar na sua funcionalidade, possibilitando a retirada de barreiras atitudinais a partir do uso do corpo como forma de intervenção na saúde mental dessas crianças.
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